quarta-feira, 5 de
março de 2008
Crônica: Memórias da Nossa História
Crônica: Memórias da Nossa História
Autor: Odenir Ferro
- Hoje eu estou reeditando este Artigo, o qual, na época em que eu o escrevi, queria por que queria, escrever crônicas. Eu revisei meus erros ortográficos. E, o assunto, o tema, o foco, é interessante. Somente estou reeditando este prosa poético, porque sei que ele foi lido por alguém, em determinada hora, em algum local do nosso querido Planeta Terra! Isto me deixa envaidecido e agradecido. Pois de certa forma, estou me sentindo útil. Estou contribuindo para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, que assim como eu, vão buscando um sentido de vida, de amar, enfim... Somos Humanos! Passíveis de erros e acertos. Acho interessante, que lá atrás, em 2008 eu acreditava que a inspiração vinha do Éter Abstrativo de Deus! E hoje, dia 11 de janeiro de 2022, ainda sou devoto ao sublime poético de Deus, de Jesus! A minha Fonte de Inspiração vem D'Eles! Obrigado. Sou Odenir Ferro. Um grãozinho de areia neste Planeta! Desejando contribuir Socialmente, Amar e ser Amado!
- Intimamente, ultimamente eu ando me sentindo um tanto, quanto, muito
lisonjeado com os altos e satisfatórios resultados que alguns poemas meus estão
me dando.
- Acho até engraçado, pela forma como eles criaram e ainda vão criando vida
pelo tempo afora. Vejo e analiso profundamente, nas formas e nos procedimentos,
do como eles vão almejando e ganhando espaços e vão se estabelecendo
por si mesmos, dentro do parâmetro subjetivo da Arte; que atua no
inconsciente coletivo da Humanidade.
- Sinto que é muito interessante a imprecisão e a imprevisão do caminhar de um
poema.
E na proporção da popularidade que o atua, dentro do interagir ele com
ele, no próprio contexto dele.
E toda a comunicação se faz de forma muito subjetiva, variando de pessoa
para pessoa, de acordo com o sentir do momento em que um determinado poema está
se encontrando com as emoções de quem o estiver lendo-o, ouvindo-o,
saboreando-o, interpretando-o e por fim assimilando e aceitando-o ou o
recusando de si, do seu próprio mundo pessoal interior.
Muitas vezes cheguei a pensar, a acreditar, que um determinado poema meu seria
aquele:
- O grande, O Poema! Aquele que cairia no gosto
popular, (vários já caíram, graças a Deus!) mas não.
- Aconteceu o contrário!
- Outros poemas que eu adorei escrevê-los, mas que não coloquei muita fé em
relação ao seu crescimento popular, foram os que vingaram, ganharam forma e
forças, por si mesmos.
- Poemas complexos, carregados de mensagens diretas, indiretas ou subjetivas,
são os poemas que eu costumo identificá-los como sendo os poemas de gênio.
Ou seja, são poemas de personalidades complexas, dada a riqueza de informações
que eles carregam dentro de si mesmos. E, muitas vezes, esse fardo se torna
pesado, dado a beleza existencial da forma como eles se apresentam em cada verso,
em cada estrofe, ou no conjunto todo.
Sempre digo que realizar-se intimamente, é ao construir um poema, em se
tratando daqueles poemas altamente inspirativos, daqueles entusiasmados
que nos enchem de pura energia espiritual que intuímos, pressentimos, embora
nunca sabemos exatamente de onde eles vêm, ou onde eles nascem e
vêm atuarem na presença física de nós; que inspirados, o acolhemos e
os escrevemos, dando-lhes vida.
- Bem, enfim, já escrevi sobre esse processo de sentir em outros textos, mas
não estou me repetindo nem no transcorrer das palavras e muito menos
no sentir. Pois é algo indescritível, estes sentimentos. Quanto mais penso ou
tento por pra fora de mim, a realidade vivencial e emocional da criação de um
poema, muito mais eu me distancio da forma do como conseguir traduzir esses
sentimentos. Então, vou escrevendo, escrevendo, sem me cansar. Dentro destas
linhas que vão se tornando um intraduzível mistério.
- Criar um Poema é um intraduzível mistério gerado pelo Éter da Criação Divina!
- É, é isso mesmo! É possível. Creio que seja somente isto mesmo!
- Criar um poema é tracejar, desenhar, delinear, modelar, sombrear as cores da
existência com as cores do Amor. Amor feito no etéreo da massa da Arte
Literária, que emana da Perfeição existente, na pureza abstrativa da
consistência metafísica do Éter do Amor!
- Mas, como estava eu começando a dizer, sempre afirmo que construir um Poema é
mais difícil, muito mais difícil mesmo, do que escrever um Romance.
- No ano passado, por cerca de uns quatro ou cinco meses, eu vivi a
satisfatória emoção de escrever um Romance. (Por enquanto, inédito)
- É prazeroso, mas é cansativo, é angustiante, é doloroso, a gente acaba
se envolvendo com a trama e os personagens, e num determinado momento acabamos
até perdendo o autocontrole da nossa vida pessoal. É uma viajem que é um pouco
arriscada. Perigosa, até! Mexe muito com as nossas emoções
inconscientes que já estão enraizadas no subconsciente do escritor.
- Os códigos cognitivos das imagens e das mensagens ficam bem condensados no
enredo de um poema. Já num enredo de um livro, (embora seja o único que escrevi
até agora) estes mesmos códigos de imagens, têm um espaço para que as mensagens
sejam bem mais amplas. E não existem padrões estabelecidos para se escrevê-las.
- Se por um lado, escrever um livro é envolvente, envolver-se emocionalmente
com um poema é algo profundamente tocante. E muitos poemas ganham popularidade
e fama por si próprios. Outros não. Outros passam tímidos, desapercebidos. Isso
tudo dizendo, dos editados, claro.
Quanto aos inéditos, que são muitos, muitos, eu não tenho meios para
descrevê-los, no momento. Apenas o que posso dizer, é que quando pego
um para reler, já na leitura dos primeiros versos eu me recordo da ocasião em
que eu os escrevi, nas razões do porquê eu os escrevi, nas emoções que até a
mim, então, me sobrevieram, após ter vivido as emoções que ocasionou o meu
partir para a escrita, após as origens deles.
Alguns eu até me recuso a ler. Outros me agradam tanto que muitos deles eu já
perdi a conta do quanto eu já os li.
- Pra resumir, é algo mais ou menos parecido do que acontece quando nos
abstraímos em emoções, e puros sentimentos ao olharmos com os olhos
físicos, e também com os olhos da alma, algum velho álbum de fotografias
envelhecidas e quase já esquecidas no tempo, mas que ao olharmos para elas, nos
recordamos de tudo e automaticamente as reacendemos na chama viva, embora
adormecida, das memórias que compõem as partes da nossa pessoal História. E que
compõem o conjunto todo das Memórias da nossa História.
- Eu estou com um poema inédito pronto para fazer deixá-lo de ser inédito. Eu
vou acompanhando-o, passo a passo. Depois deixo-o livre, para percorrer solto
os caminhos das palavras presentes no contexto do Verbo em ação. E o Verbo
em ação se faz presente no verbo que somos nós, seres humanos,
amorosos ou não, viajantes circundantes pelos caminhos deste nosso belíssimo
Planeta Terra!