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A emoção de ter lido meus escritos impressos, foi quando fiz uma redação, quando estava na oitava série do Ginásio. Eu trabalha de dia, e estudava a noite. Lembro-me que a redação em a intitulei de Noite. Eu tive nota "A". Fiquei trêmulo e envergonhado, quando o professor de Português me chamou lá na frente. Eu me sentava no fundo da classe. Ele me pediu que eu lesse o poema. Então eu o li em voz alta. Depois, ele me perguntou se ele podia publicar na Coluna jornalística, a qual ele tinha no Jornal Diário do Rio Claro - SP. Foi muito marcante pra mim. Fui na Banca de Jornal, comprei o jornal, senti muitas emoções. Eu era muito tímido, medroso, envergonhado. Tinha uns 15 anos. Eu não tenho o meu primeiro registro impresso. Depois tive outros movimentos, fui escrevendo, instintivamente.
No SESC Vila Mariana, em São Paulo, foi a minha primeira interpretação. Eu fui me compondo passo a passo, desde a roupa, os cabelos, o suspensório, eu fui me produzindo, Eu digitalizei uma pasta na qual eu a produzi com papel laminado, e escrevi o poema a tinta nanquim. Depois ano a ano, fui me repetindo, até vir parar aqui. O primeiro poema que declamei foi PAZ MUNDIAL, depois foi TRAVESSIA! Não consegui encontrar a pasta prateada com o poema PAZ MUNDIAL! Eu tenho tudo guardado, com o maior carinho... Onde tu estiveres, saiba que é olho nos olhos, frente a frente, que se estabelece uma verdadeira comunicação entre duas pessoas. Pela Internet fica meio complicado... Merecemos nos amar, se amar, e sermos amados. E eu te respeitar, como sempre fui respeitado!
Odenir Ferro