Título da Ode Poética: BRASIL IDOLATRADO,
DE TODAS AS CORES, BRASIL!
Autor: ODENIR FERRO
Quinhentos anos de
glórias guapezam bravezas!
Defluências da tua
história heroica levantas
Por tuas mãos
insólitas em enormes grandezas,
Retumbam, ecoam...
Guapices brunidas aclamas!
Brasil, gazel pueril
maravilhoso e tangente.
És pungente repleto
no teu seio tão varonil.
Cobre-te o purpúreo
céu escarlate reluzente,
Na remanescente e
muito inusitada cor anil!
E pisa o solo teu,
todas as cores mil,
Que dentro de ti, se
imiscuiu,
Miscigenou-se
gigante,
Na tua raça valente!
Envoltos os olhos
teus no mirar ao longe, concedes
O olhar no luar do
futuro vivo em propério dolente.
Correm em tuas matas,
rios belíssimos e afluentes.
E na tua cadência
fluente, flui natureza coerente!
Diante dos meus mais
arraigados pátrios pensamentos,
Teço palavras
sinceras, e muito expresso emotivo,
Sensações que me
enternece de júbilos sentimentos
Ante tua glória
fulgurante, pois és nativo cativo
Porque és tu, Brasil,
Porto Seguro bravejante,
Desde os idos tempos
dos Bandeirantes...
Tu gritas e aclamas
por tua singela nobreza envolta,
Infante de sons que
reluzem, ao poente sol reverberante.
Teces púrpura nos
cristais e diamantes, e até escoltas,
Coroas em jazidas de
ouro e negro ouro, em tua terra
Ascendente.
Vindos do fundo
profundo do teu leito transparente,
Remanescente
Brotam da tua terra,
as riquezas das Minas, jazidas emergentes.
Nas rebarbas
espumejantes do teu caudaloso aveludado mar,
Belas rendeiras
festejadas da natureza mãe, pátria tece
Tracejados desenhados
desenvoltos na tua orla à preamar
A te circundar de
ponta a ponta, ante a luz que arrefece
Silenciosa, provindas
de estrelinhas em miríades componentes,
Respeitosas e
altivas, diante fulgores dos luares ardentes...
A se exibir no altivo
alto do teu céu,
Resplandecências
potentes e coerentes
Da tua nudez
condescendente valente.
Da tua luz saem
forças para os mares,
Que se renovam
florados fortemente,
Ante teus sábios
intempestuosos ares.
No sol e no céu e no
ar, os dias são como lindos prelúdios.
As noites se
envaidecem efusivas e radiosas ante as ricas
Belezas tuas; e o
esplendor da lua enorme em plenilúnios,
Enaltece o
esmeraldado tapete da Amazônia envolvente,
Que te dignificas, te
escoltas em louvores, honras, nobremente.
Diante dos olhos
enxabidos, indiscutivelmente respeitáveis,
De todos os outros majestosos
esplendorosos e dignificados,
Continentes formados
por países guarnecidos e amáveis.
Somos de ti, um todo
uno povo emotivo a cantar.
E semente somos e
também formamos força pilhéria
Na tua raça bravia
digna soberanamente a festejar.
Somos um povo que
luta e desbrava a forte fúria,
Das tuas acolhedoras
e mais esplêndidas terras.
E frequentemente
nunca ignoramos os sem terras,
Pois são eles
constância resultante das quimeras
Da tua fortaleza
colossal impávida, que prospera.
Somos uma raça
valente e sorridente em aberta missiva.
As mãos calejadas
entrelaçamos no teu seio frondoso.
Reluzimos nos olhos o
penhor real da nossa fé passiva.
Pois somos um povo
fidedigno, leal, devoto e fervoroso
Nossas esperanças em
Deus, com sentimento depositamos.
Para que afastemos de
ti, os ais; desvelos e desmandos.
Feitos impropérios de
seres inumanos de almas galantes,
Que te corrompe ao
corromper tuas riquezas infantes...
No noturno do teu
céu, vem miríades em estrelas a cobrir-te.
Assim como na
majestosa bela bandeira tua, elas pespontam.
Tuas praias tão
morenas, lindas fogosas mulheres desfilam.
Oh! Nobre portal de
mãe gentil és tu esplêndida grandeza!
O teu Nordeste tem
tórridas secas às mínguas.
Tal qual fosse a lua
minguante quando míngua.
E em ricos tons
destes contrastes resplandeces,
Nas mais nobres e
belas paisagens dos Pampas.
Na tua nobre terra a
Amazônia em verde aveludado se abriga.
Celeiro do Mundo tem
fauna, flora, pois tu dás guaridas.
No teu centro
monumental, ergue-se Brasília colossal.
Cerrado aberto e
fluente, no teu Planalto Central!
Na tua terra, São
Paulo também tem, com garoas nos telhados.
Onde às margens do
Ipiranga, o D. Pedro muito tão gentil
E bravio, a tua
aclamadíssima Independência proclamou.
Também tem tranquila
Minas e festiva Bahia febril.
O belo Rio lindo
adorado De Janeiro idolatrado,
Também tens acalorado
na emoção maravilhado!
A tua terra, do
Planeta é a mais bela luz floreada.
E porque tu és tenra
primavera, presto a ti,
Minhas singelas
primícias de homenagem sincera.
E te consagro do bem
mais fundo da Minh’ alma e peço
Toda a calma que aos
sons do teu progresso,
Enalteço salva de
palmas que agora aclamo,
E por ti sempre louvo
e proclamo!