Poema:
PAZ MUNDIAL
Autor:
Odenir Ferro
A
paz é um enorme vulcão,
Que
me implode ao ir, no além de mim,
Levando
os ódios todos pelo rumo afora
A
caminhar silente no infinitivo deserto
Que
se desponta na áspera incerteza do todo!
A
paz condena em si, existências de segmentos
Que
de tão certos e providenciais que são,
E
de tão densamente humanos que são,
Tornam-se
intraduzíveis em palavras
Para
poder descrever-lhes na pureza
Das
belezas, singelidades,
E
plasticidade poética
No
além do emocional.
Enfim,
esse vulcão vibracional,
É
pura concordância especial!
Homogênea
a um doce e intenso
Momento
de expressivo amor uno ao todo.
Onde
este todo é a incansável busca
Do
ir ao encontro da pureza
Existente
no Afflatus
De
Deus!
E
neste inspiracional emotivo, intuitivo,
Julguei
que em paz, estivesse...
Quando
para minhas mãos olhei,
Vi
que estavam elas, guarnecidas
Com
um par de luvas; e feridas
Vivas,
no meu peito senti! Pensei:
“Se
em paz estou, esta paz entristece
A
natureza morta, que em mim sobrevive.”
Pois
o couro que me embeleza, me guarnece,
É
pele igual a de muitas outras vidas
Que
em abatedouros, tanto perecem...
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