Anonymous:
The Three Magi before Herod
stained glass window, 15th century
Musée National du Moyen Âge (Cluny), Paris
POEMA: A DOR DA ALMA DO MUNDO
Autor: Odenir Ferro
Fecham-se as nuvens, carregando-se de cinzas
Nos seus tons pouco esbranquiçados; e zimbram
Relampejos, em clarões estrondorosos que vibram
A terra. Em raios que a deixa obscura. E retesas
Chuvas plangem-se nas dores da alma do mundo!
Estas chuvas lavam à fundo, a plangencia d'alma.
E os Anjos, velam estes segredos na pura calma...
Muito acima, muito além da tempestade. Num adido!
Coloquial do exacerbado da existência!...
Onde a vida e os dias têm, por excelência,
Todas as benvinda virtudes, dos ensolarados
Dias. Tanto como dias de chuvas em tons brumados.
Estes Anjos, têm e agem na cândida vontade.
Derramando beatitude nas almas que acolhem.
Deixando a semente da esperança, que invade
A dor da alma do mundo, quando as chuvas plangem!