Poema: SÃO PAULO NUM CARTÃO POSTAL
Autor: Odenir Ferro
Através dos olhos reflexivos da minh'alma,
Fotografo nas memórias as cenas invasoras
Resplandescentes do brilho da tua história
Construída pelo labor da viva miscigenação
De todas as raças que vivem nos dias de hoje,
Recontando seus antepassados nas reprisadas
Histórias vividas, numa nova realidade, mas
Num mesmo ideário sentido por tanto te amarem
Ao te fazerem merecedora de ser, entre todas,
A maior megalópole de toda a América Latina!
Vejo caindo do ar, rebrilhos floreados
Pela união dos opalados raios solares,
Com esmiuçadas garoas, num pálido sol,
E penso: "Anchieta foi muito amável
Ao te intuir, fundando no teu solo
O legendário Colégio e iniciar
Tua vida."
Dali em diante, vieste a crescer
Até os dias de hoje e, definitivamente,
És o real ideário coletivo de um enorme
Pólo turbilhão dos aglomerados agitados
Seres que vivem o vai-e-vem desenfreado
Como se fossem uma bela afável colméia!
Alamedas, Avenidas e Ruas concentras
Num enorme Cartão Postal, onde desenhas
As raízes agitadas da tua nobre emoção!
Pessoas humanas labutam o dia-a-dia,
Nos fracassos, conquistas e sucessos,
Das batalhas feitas a passos rápidos,
Nos compassos dos ritmos acelerados
Onde pulsam as horas que se agitam
Nos milhões de emoções de corações
Pulsando a mesma sintonia emotiva,
Da sinfonia de múltiplas canções.
A lua cheia ilumina o happy hour!
Flins de tarde têm melancólicos pôr do sol!
São Paulo de outrora, como agora, tua história
Te faz eternamente no teu hoje tão presente!
Terra amada, envolvente, és a maior
Rica cidade deste belo Continente
Por acolheres num amor ardente,
Filhos do Brasil resplandecente.
Tu és a cidade das volúpías emergentes
És consagrada por enormes arranha-céus
Assim é que é possível na memória te clicar
Como sendo uma das mais belas cidades agitadas
Impulsionando os sonhos dos que vivem a te amar!