POEMA: AS MIGALHAS DO AMORAutor: Odenir Ferro
Quisera eu, ser o afortunado e o merecedor
De possuir, dentro da minh'alma volátil,
As paixões provindas e sequenciadas, por uma
Felicidade infinda. E que me fizeram,
Enfim, de que eu chegasse até aqui!
E, por dentro de por fora de mim, contemplar os antagônicos
Que se perfizeram e se refizeram,
Dentro dos inconstantes resumos,
Na constância das Histórias!
Que me construíram atuante,
Neste meu meio fio linear.
Que me deixou e que me deixa, prostrado,
Entre os abismos rondando, e as felicidades do Céu!
Na plenitude da minha existência,
Bem dentro do meu Céu, ao fincar-me!
Enquanto, entretanto, a maldade bem abaixo dos meus pés,
Teima, achando-se, querendo subsistir-se...!
E as felicidades do meu Céu, tornam-se, gradativamente no agora,
A Plenitude da minha Existência, junto às pessoas humanas do bem, do Amor!
Pois que entretanto, há este Céu! Envolto de Sol, de carismas, e de mistérios...
Neste após as chuvas, aonde imensos, os arco-íris, as nuvens, e as Galáxias, as estrelas,
Muitas, algumas, ou quase nada. Ah, e há também os raios, os trovões, tempestades...
Muitas! Milhares! Diárias, inumeráveis tempestades, pelo Planeta todo!...
Tudo acontecendo, simultaneamente.
Em torno de mim, de nós todos. Enquanto os dias e as noites,
Vêm e vão! Ininterruptamente! Lindo isto não... São os Mistérios de Deus!
E todos estes acontecimentos, não trazem e nem retráem, em mim,
As migalhas do amor. Neste amor que não chega,
Enquanto esta noite ou este dia, não vem.
Para abrilhantarem-me com a lua,
As estrelas, ou os raios do sol,
Ou com todos os trovões,
Todos os relâmpagos,
Enquanto escrevo
Nesta noite
Chuvosa,
Escura,
E fria!
Escura, sem ternura, quente e fria.
Envolvendo-se em torno do todo do meu eu.
Este meu eu, tão sonhador, muito desejoso,
De ter (ou reter) novamente para mim,
As migalhas do seu Amor!