Caminho pelas Estrelas

sábado, 15 de novembro de 2008

Crônica: DEPRESSÃO! TEM CURA?

Crônica: DEPRESSÃO! TEM CURA?

Autor: Odenir Ferro

(Obs. Este texto foi composto por mim, embora tenha o tema tenha sido feito por sugestão da competente e talentosa Radialista Tuca Miranda, após muitas conversas que tivemos sobre este assunto.)

O que me deprime talvez seja esta angústia sufocante que me oprime apertando o peito, corroendo abusivamente os meus belos sentimentos para com a vida, quando quero encontrar soluções pra tudo e pra todos ao mesmo tempo.

Enquanto vou vivendo alheio e ausente, à margem de mim mesmo, desencontrado a procura de um possível encontro com as antigas estruturas do meu antigo mundo e que já se figura tão distante e a cada vez mais ausente, deste meu eu.

Aquele mundo onde eu, outrora, soubera conduzir-me para um caminho mais brilhante e iluminado pelo sol juvenil dos meus sonhos repletos de encantos; onde eu era mais feliz por bailar na valsa da vida, com toda a fortalecedora essência química cheia de adrenalina e testosterona. Onde a minha fúria cheia de ímpeto enriquecia os vigores dos meus dias plenos de vida...

O que é uma depressão crônica?

Será um estágio íntimo de auto-avaliação espiritual?

Ou será um preparo para uma auto-progressão espiritual?

Ou será o contrário de tudo isto!...

Será o reverso do espelho da nossa alma, onde nos procuramos e por não nos encontrarmos com os valores de tudo o que seria o idealizado por nós como parâmetro de sentimentos, então tentamos nos punir severamente com uma dor ou algum tipo de remorso ou algum tipo ou todos os tipos de sofrimentos ininterruptos e sem fim...

E a causa que desencadeia todo esse processo de sofrimento que creio eu que seja mais espiritual do que físico é uma estarrecedora pantomima para que possamos disfarçar os nossos sôfregos anseios numa busca de algo que muitas vezes nem sabemos exatamente o que seria este algo.

Eu já tive a oportunidade de ler os livros do renomado médico e escritor Brian Weiss!

Ele cuida da espiritualidade das pessoas e descreve a regressão como sendo uma importante ferramenta para elucidar as causas dos nossos conflitos psicológicos onde a depressão fere, machuca, sangra. Nós temos dentro de nós os registros das nossas histórias pregressas e dentro destes registros é que se encontram os fatos mais marcantes que podem desencadear os processos de depressão ou podem alavancar processos contrários, ou seja, o de estrema euforia e felicidade, desde que estas causas tenham razões plausíveis para estarem acontecendo na nossa realidade atual. A nossa história pessoal não se separa em dias, meses, anos, dentro da nossa mente e nem muito menos ainda da nossa alma que está constantemente presente. Ligada ao nosso espírito. Nossa alma é a ponte entre o nosso corpo e o nosso espírito.

Através de muitas orações, reflexões, é que nos religamos com a pureza existente no Éter da divindade de Deus!

A depressão não escolhe a quem atacar. Mas cada deprimido apresenta reações diferentes entre si, em relação a ela ou ao conjunto de causas que envolvem os processos sofríveis da depressão.

A depressão é uma ausência de conforto íntimo e creio que uma atitude de fé repleta de abnegação a tudo e a todos, mesmo que seja por um breve período de vida, pode se não curar, ao menos ir sedando gradativamente as dolorosas chagas da depressão.

É preciso coragem, mas muita coragem e um grande exercício de paciência para conosco mesmo, para poder suportar ao mesmo tempo em que ir suprimindo todas as dores que afetam os nossos campos espaciais e espirituais dos componentes abstrativos deste mundo deprimente onde criamos e recriamos ininterruptamente as nossas lancinantes dores, enquanto vamos diluindo os processos cognitivos das causas destas dores.

Até podermos num determinado dia, clarear a nossa alma com os bons augúrios infinitos e sublimes que estão concentrados dentro de indefinida e indescritível força que se concentra dentro da nossa profunda espiritualidade!

Devemos entender que os mecanismos desajustados dos nossos maneirismos de agir em relação às nossas atitudes para com o viver devem ser revistos a partir do momento em que tomamos a consciente atitude de sanar as nossas dores com os processos líricos e metafísicos do Amor!

Sublimar nossas dores é um estremado ato heróico do mais puro, afetivo e belo entusiasmo para irmos de encontro com a plenitude do Amor!

É a fuga do nosso eu, para irmos abraçando outros valores que não se concentram dentro de nós.

Para desta maneira, buscar até alcançarmos, isto tudo que pleiteamos dentro de nós como sendo um conforto ou uma satisfação pessoal.

Esta caminhada deverá ser feita com muita paciência e persistência e acima de tudo muita coragem para se entregar e enfrentar esta árdua batalha, até vencermos a gama das nossas dores, transformando-as em flores, em cores, em amores, em ardores, em sabores, enfim, em tudo o que seja para nós, valores!

Enfim, é uma bela saída de dentro do nosso próprio eu, para alçarmos uns vôos plenos em busca de outros eus viventes em outras vidas que sofrem iguais a nós.

Que têm anseios e sonhos frustrados ou realizados, mas que agem e reagem diante da história pessoal e interpessoal que compõem as nossas vivências pessoais.

O mundo moderno em que vivemos não está desumano. Ao contrário!

Ele nunca esteve tão repleto de nós, humanos.

Nós somos quem estamos nos comportando de maneira estupidamente desumana em relação a muitas coisas. Principalmente para conosco mesmo e também para com o nosso próximo.

Precisamos reavaliar as nossas razões emocionais, as causas delas e as justificativas ou as não justificativas que temos para com as mesmas.

Desta forma, estaremos criando novos parâmetros pessoais, enchendo nossa vida com uma gama forte de ritmo intenso de empolgante pulsação de novas fontes de energias provenientes das dimensões inenarráveis dum prazer que somente a nossa alta espiritualidade é quem pode nos proporcionar.

Quem divide ama e soma!

De alguns anos pra cá, às vezes escrevo ou falo desta forma. Embora constantemente sempre pense desta maneira. Mas, se pararmos para refletir sobre esta frase, na realidade, traduzindo-a para todos os padrões que denominamos como sendo “normais” em relação aos nossos sentimentos e das maneiras de como interpretamos e traduzimos para dentro de nós, o mundo em que vivemos o que estou eu, querendo dizer com esta frase?

Você, leitor, leitora, amigos... Não sei se sofrem ou não com depressão, mas eu quero dizer que já sofri e muito com muitos tipos de depressões que foram se tornando crônicas. E graças a Deus, e a custa de muito esforço interior, consegui me libertar delas.

Digo delas, pois creio que nós temos a capacidade de somar vários estágios de muitos tipos de depressões dentro de nós mesmos. E creio ainda que a cura para todo este processo desencadeado seja primeiro descobrirmos as causas, e se não pudermos solucioná-las, devemos ir aceitando. Isto mesmo! Uma das palavras chave é:

-Aceitação! Devemos aceitar tudo o que não for possível ser modificado e irmos convivendo com esta adaptação da melhor forma possível, em busca de uma qualidade de vida mais saudável e que supere aos poucos este sofrível processo de estagnação diante de um conflito pessoal.

Creio de devemos ir aos poucos, tentando solucionar nossas crises depressivas, acreditando acima de tudo e de qualquer coisa, em nós mesmos. A força está dentro de nós, e esta força é intraduzível em palavras, quando dentro desta caminhada ao estendermos as mãos, alcançarmos o amparo e o indescritível amor do nosso Eterno Pai Criador, que denominamos de Deus!

Ainda tenho depressões. Todos nós temos diariamente, em algum dado momento do nosso cotidiano, algum tipo de depressão. Durante o dia, em dado momento, por alguma razão ou outra, acabamos ficando deprimidos.

Mas esta depressão rotineira é, digamos assim, até “saudável”. Pois que a vida compõe-se de altos e baixos, tal igual aos fluxos e refluxos de uma maré, nos vaivens do oceano.

Mas, a depressão crônica, é uma nuvem escura e carregada de tempestades que paira sobre nossa vida e se torna cada vez mais opressiva e nociva para as luzes da clareza e do esclarecimento cognitivo espiritual que traz leveza e boa e saudável qualidade de vida e bem-estar ao nosso padrão de bem viver.

Quem divide ama, pois dividir, compartilhar algo com alguém, seja essa doação ou entrega muito ou pouca, é um ato de puro amor; pois estamos compartilhando trocas de profundas vivências, experiências, as trocas de emoções, apoio, percepções, enfim, força de afetividade e espiritualidade...

Tudo isto faz com que somemos qualidades para acharmos um ponto de equilíbrio em comum a todos.

Diante de um mundo cada vez mais opressivo, doentio, caótico e agressivo, creio que fica difícil encontrarmos um oásis interior ou alheio a nós mesmos, seja através de outro amigo, através de um relacionamento amoroso, ou seja, através de algo material ou espiritual que nos preencha e nos dê certo prazer.

Somar nossas afetividades ou as nossas carências com algo ou alguém, nos proporciona um profundo e afetivo encontro conosco mesmo.

Conhece-Te a Ti mesmo!

Esta frase filosófica é profunda.

Ela abrange todas as nuances das facetas componentes do íntegro personal das estruturas que compõem a integralidade do nosso ser.

E para sermos íntegros e não omissos com as razões das causas emocionais que geram as ininterruptas estruturas dinâmicas do nosso ser, devemos acreditar e ter muita e profunda fé na suprema consciência de que amar é o caminho para a nossa libertação pessoal, no tocante ao irmos de encontro da profunda espiritualidade que reside dentro de nós!

Esta crença é absoluta e é a causa e a razão maior de toda a história da nossa existência!

Quando nos entregamos com plena força total aos encantos carismáticos emanados do Eterno Amor, temos uma pequena poção da onisciência D’Ele, para reorganizarmos o nosso mundo interior. Dando a nós mesmos, uma nova oportunidade de crenças, a partir das conquistas naturais de uma suprema esperança de que a vida, embora cheia de ciladas e armadilhas e mistérios, também nos oferece muitas oportunidades de encontros e conquistas – que quando feitas com profundidade de amor, entusiasmo, dinamismo e emoções, - acabam por nos congratular com a graça da doce satisfação que existe na encantadora beleza da mística vivência – ao renovarmos e nos reintegrarmos com a Sagrada Aliança do Nosso Eterno Pai, o qual nós O denominamos Deus!

Penso que para nos desfazer das tristezas, devemos conviver com elas, sublimando-as ao saborearmos a tenra essência das flores, o balançado bruxuleante pelos ventos contrastantes com os raios do sol ou da lua ou as estrelas, ao incidirem contrários aos movimentos cheios de suaves ou intensos vaivens das folhas condensadas em muitas árvores que vão desprendendo os muitos perfumes, deixando as brisas aromáticas da primavera com um intenso toque suave da Seiva da Eternidade!

Sentir o calor ameno do sol infiltrando-se na nossa pele enquanto sentimos nossos passos firmes pisando o chão enquanto desatentos a tudo, paramos para observar a excelência das graças espalhadas e espelhadas por toda a dinâmica vida viva que nos envolve e que vai preenchendo toda as essências vibrantes e pulsante do nosso vibrátil e puro estado de Ser!

Vivendo e saboreando toda a liberdade ao ver transitarem por nós, uma borboleta que passeia livremente pelo ar, ou um beija-flor aqui, outro acolá, fazendo os silenciosos bailados nos ares, enquanto vão pousando freneticamente de flor em flor.

Sentindo com precisão de absoluta lógica existencial e vibracional toda a textura do frescor das brisas mansas da tenra manhã a nos envolver por inteiro, fazendo nossa mente ter um divinal sentido de perpetualidade enquanto vamos aquecendo a nossa alma como se fosse a vida um enorme e aconchegante manto protetor tecido pelos mistérios da Criação.

E desta forma nos fizéssemos com que fossemos nos sentindo a cada vez mais, uno e útil para com toda a misteriosa proposta de regências divinais que vibram harmonicamente em densa em intensa em ininterruptamente atuante, no mistério que energiza todas as composições materiais e imateriais deste Maravilhoso Universo que nada mais é do que uma imensa composição que atua por fora no reino espacial e também dentro do nosso próprio ego físico e espiritual interior!

Somos uma miniatura de tudo o que existe no Universo criado por Deus!

Somamo-nos por inteiros dentro desta lógica perfeita nas composições que regem todos os inenarráveis caminhos deste magnífico e exuberante Universo!