Caminho pelas Estrelas

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Cronica: QUEM DIVIDE, SOMA E AMA!

Muitas vezes eu gosto de ficar olhando para uma janela, ou seja, admirar a composição arquitetonica de uma janela.
E então, assim me disponho a pensar, refletindo sobre muitas nuances que a vida nos impõe, ou nos apresenta.
Fico a contemplar uma janela e então começo a perceber que uma janela não é somente uma separação de ambientes internos e externos de uma casa, fazendo com que a mesma continue tendo uma coligação com o ambiente externo que a cerca, através duma janela.
Sim! Uma janela separa, divide ou até unifica mundos.
Eu me refiro a pessoas, mundos, universos diferentes. E quando olho para uma janela, muitas vezes, numa associação de idéias, eu a associo aos nossos olhos.
Nossos olhos são, como se fossem janelas.
Percebo que no Computador, tudo também se abre através de janelas. Links que não deixam de serem portanto, janelas.
Mas, querendo aprofundar um pouco mais, uma janela divisa casas de outras casas, em outras casas que moram gentes, pessoas, que nós costumamos a chamar de vizinhos.
Os Seres Humanos nasceram para viverem agregados uns aos outros, mesmo que simbolicamente até, existam as separações, as cercas, as divisas, as divisões... Embora hajam, as janelas!
Mamíferos que somos, somos uns ávidos curiosos.
Nas janelas de nossas casas, existem as frestas...
Dizemos corriqueiramente que é para ventilar. Mas as frestas servem, e muito, para espiar, para comparar, para se exibir, para confrontarmos atitudes e comportamentos, com o nosso próximo.
Assim também se dá, com os nossos olhos, muitas vezes, através dos nossos olhares!
As janelas são apenas um prolongamento dos nossos estilos de vida. Nós vivemos nos espelhando nas atitudes do nosso próximo, muito embora temos uma tendencia a reprovarmos o que vem do nosso próximo. Nós, seres humanos que somos, na nossa grande maioria, somos uns curiosos natos.
Se torna muito gostoso, ás vezes, espiarmos pelas frestas das janelas e até bisbilhotarmos a intimidade do nosso próximo.
E agora, nessa Era Globalizada em que vivemos, conectados a cameras, filmadoras, fios invisíveis, celulares que fotografam, fica tudo cada vez mais difícil de criarmos nossos oásis de privacidade.
Nessa nova realidade que o mundo virtual da Era Globalizada a nós nos impõe como condições e estilo de vida, ou melhor, praticamente como uma obsessiva condição de vida, vamos quase que inconscientes, criando, gerando, e nos adaptando aos nossos novos estilos, cada vez mais ávidos e envoltos nas pequenas sutilezas das ações subjetivas, no tocante mundo virtual em relação ao tópico que agora exponho em questão: -Privacidade!
Janelas, divisas, olhos, privacidade!
A cada dia fica mais difícil vivermos dentro das razões introspectivas da nossa própria individualidade.
Eu sou como um caracol! Sou como um avestruz! ( `As vezes! Mas, muitas e outras tantas e tantas vezes, não!) Eu confesso que adoro enfiar minha cabeça pra dentro de mim mesmo e sondar, sondar, rondar a minha volta, observar, aprovar, repudiar, enfim, administrar o meu universo interior. Sempre, constantemente faço isso!
Sinto que sou um desconhecido de mim mesmo, e quanto mais eu procuro me achar, mais eu me perco e quanto mais eu me perco muito mais eu me acho, quando então eu me disponho a doar-me, a dividir-me, a repartir-me...
Então, nesse estado de viver, dessa forma, eu me acho próximo do meu próximo, compartilhando coisas, experiencias, somando vidas, sentimentos, dores, amores, decpções, enfim, tudo o que for possível. E creio que tudo é possível compartilhar...
Eu procuro me dividir muito, em muitos eus, me dividindo como posso ou puder, da forma que posso ou puder, ou quiser, pois eu Amo a Humanidade! ´E assim que eu me sinto Humano, é dessa forma que eu me sinto vivo, habitante desse nosso Querido Planeta Terra!
Procuro muito me doar, me dividir, compartilhar, principalmente dentro da Arte de Escrever! Escrever é Amar! Escrever é Dividir-se! Escrever é Somar!
E quem divide, soma e Ama!
05h50min. 02 de setembro/2007